dimanche 20 septembre 2009

estagio em educaçao no Japao


Nossa paricipação na Formação de jovens líderes africanos da Agência Japonesa de
Cooperação Internacional 2009
Prefeitura de Yokohama-Japão


entre os dias 25 do Mês de Janeiro a 12 de Fevereiro de 2009, enquadrado no programa
de treinamento para Jovens Líderes africanos no Japão, sob a temática especifica da educação primária. Com o financiamento total da Agencia Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) e dirigido a países africanos de expressão oficial francesa, Cabo Verde fez-se representar por Eleutério Afonso Moreira, coordenador pedagógico do Ensino Básico no Concelho de Santa Cruz, ilha de Santiago, único participante do país, como, aliás foi determinado pelo próprio JICA.

resumo final qui


Conteúdos do estágio – As realizações
Língua de trabalho: francês (a partir de DAKAR)

Em termos de realização, o mais significativo do estágio vai para além dos conteúdos acima programados. As actividades visavam, de acordo com o programa, três dimensões:
-Relações humanas, partilhas culturais, cientificas e cultura da paz;
-Aproximação e possível compreensão da sociedade, cultura, economia japonesas;
-conhecimentos sobre os pontos fortes e os problemas educativos dospaises africanos participantes;
-Conhecimento do sistema educativo japonês, sua relação com a sociedade local, bem como sua comparação com as realidades dos nossos países de origem

Para a realização do estágio, foi necessário um trabalho local de candidatura e
organização prévia junto das instituições de Cabo Verde, comunicações electrónicas
com o escritório da cooperação internacional japonesa (JICA) de Dakar, deslocação a
DAKAR e Paris. Durante o estágio, foram realizadas, no total, 6 visitas a 5 das
melhores escolas japonesas na municipalidade de YOKAHAMA. Foram, também
realizadas visitas de observação e encontros de reflexão ao centro de formação continua
de professores bem como seminários sobre a história e actualidade do sistema educativo
japonês, sociedade e cultura locais, o ensino primário em YOKOHAMA.
A participação no Japão aconteceu sempre em grupo, pese embora houvesse
pontualmente programas mais individualizados, de acordo com os centros de interesse
individuais mas também os domínios técnico-científico, cultural e linguístico de cada
participante.




vendredi 21 novembre 2008


Educação Bilingue.
o termo é mais amplo que ensino bilingue. Do lado de cá, na área das Ciências da Educação, mais do que interesse político, consideramos em pé de igualdade as diferentes "Ciencias da Educação": A Filosofia da Educação; Psicologia da Educação; a política disto etc y tal.
Pois bem, mas íamos no ensino/educação bilingue. Sim, diferentes pois a Educação bilingue (das melhores que há no mundo), aquela que, do ponto de vista formal, ainda não temos, engloba o ensino bilingue. Mas a Política Educativa...tem que dar uma chance para isto...nem que seja a título experimental e facultativo :'(.
A oferta educativa formal (escolarização) bilingue seria uma possibilidade viável em Cabo Verde, um anseio de boa parte da sociedade mas reveste-se de dois formatos distintos. Vertente assimilacionista e vertente integracionista: A primeira, da lugar à lingua Cabo verdiana, aceita-a como digna de ser tratada como matéria da escola mas para que ela suportasse a Lingua portuguesa e abrisse caminhos a esta enquanto língua que viria a ser veículo de acesso aos niveis superiores de escolarização. Nesta linha, faz sentido definir níveis de funcionalidade de cada Língua. Seria uma perspectiva que assume claramente a superioridade do Língua portuguesa em relação à Caboverdiana em alguns aspectos, nomeadamente, a nivel político e económico. Isso quereria dizer que a escola considera a Lingua Cabo verdiana como tal, e pode até ensiná-la e utiliza-la na comunicação educacional para explicar as diferentes matérias (porque não?). Mas seria aquilo a que chamaríamos de recurso oportuno e adequado da Língua materna. Não mais que isso, pois ela é considerada para oportunizar o Português, de maior força demográfica, mais antiga e mundialmente mais afirmada.
A Vertente integracionista aposta no desenvolvimento da Língua Crioula de Cabo Verde como o "museu central da cultura nacional" para desempenhar qualquer papel ao lado, ombro a ombro, com o Portugues. Parece que esta perspectiva é a que assusta um pouco mais os decisores mas acreditamos que ambas as vertentes contribuem para a psicose de "perdermos ainda mais o Português" (que ainda nem ganhamos). Isso porque teme-se que o valor económico e político da Língua de Camões seja a tábua de salvação de Cabo Verde.
O Forum internacional sobre a economia cultural organizado pelo Ministério da Cultura na Praia em Novembro de 2008 vem dismistificar um pouco mais esta questão pois que a participação da Língua crioula no Produto Interno Bruto é muito maior do que possa parecer.
O serviço mínimo (redacção de documentos oficiais, alguns discursos, missa e novela) que a Lingua portuguesa tem prestado em Cabo Verde nunca que poderia ser confundido com Poder económico, quando se trata da realidade dentro do país. Isto reabre todo o debate porque a disputa entre as duas Línguas é renhida e a vitória (fora e dentro do país) não se encosta sempre do mesmo lado. Esta realidade é tão forte que a Política da educação não pode ignorá-la sob pena de ela tornar-se obsoleta e entãoa Economia da Educação iria recomendar as empresas turisticas do país a abrirem cursos do Crioulo para seus funcionarios pois que quem lê e escreve livros de poemas já cantados pelos nossos artistas ganha dinheiro junto dos turistas!!! Neste sentido a Economia da Educação e Economia da Cultura substituiriam perfeitamente uma Politica da Educação e Política da Cultura obsoletos e impróprios para a realidade de Cabo Verde num tempo em que se aposta na cultura como o produto de eleição do futuro, galinha de unhas de diamante do PIB barlasotaventano.

Economia cultural

Interessante forum internacional realizado em Cabo Verde em Novembro de 2008. Excelente iniciativa, quanto a nós, algo que bastante esclarecedor para toda a comunidade. Auguramos que o documento síntese do evento seja divulgado brevemente, pois, seriam de muita valia para a elevação da consciencia pública nessa matéria.
Cabo Verde vive uma situação de alienação cultural sem precedentes num momento em que se fala tanto na cultura como produto turístico. A educação viaja a passos tímidos neste domínio, a oportunidade demográfica não é aproveitada. Uma escola de artes na ilha de Santiago, onde se encontra mais de 50% da população não existe e o ensino técnico na ilha não contempla esta área. A escola técnica de Santiago Norte não lecciona a area de artes de designe.
para se ler nas entrelinhas da principal recomendação do Forum;"minar a educaçã da cultura e vice-versa. Está escrito que vai ser agora. É mesmo isso, 0 Crioulo.cv e a educação. Se assim não for, tudo não passará de letras mortas e dizeres vazios.
A situação Linguístina nacional é outra vertente fraca que se relaciona directamente com o desenvolvimento cultural do país. A Língua da cultura em Cabo Verde não consta do Dossier da Alfabetização o que faz com que o Índice de Desenvolvimento Humano de Cabo Verde seja, em certa medida falsa, pois, os escolarizados nem sempre falal, lêm e escrevem a Língua do seu pensamento. Diria que em Cabo Verde não escrevemos e nem lemos o que pensamos...de outro modo. não escrevemos o que dizemos. Enfim, há que ensinar a ler e escrever primeiro na Língua Caboverdiana ou então estaremos numa situação de o nosso principal produto ser escrito de maneira pouco apropriada. Ou melhor. De não sabermos nem ler nem escrever a nossa cultura (a nossa música, o nosso teatro, as nossas metáforas muito bem expressas no tradicional Konbersu sabi). Novidades!!! Está para ser dentro de dias a oficialização do crioulo de Cabo Verde. É basta uma reunião na Assembleia Nacional. Estando no papel ninguém tira. O resto é conosco lá nos laboratórios de Ministério da Educação. Deixem meu pessoal comigo que lá sou muito amado, hihihi.

dimanche 19 octobre 2008

Realidade e desafios Educação Muiscal na escola pública em Cabo Verde

Num país onde a cultura se quer a imagem de marca, sector na qual a musica se apresenta como o elemento de maior espectro, a educação musical se faz não só necessária como pertinente sob pena de comunidade ver-se numa empreitada falível. e questão da educação musical na escola de e para todos em Cabo Verde é tratada neste trabalho que contamos partilhar brevemente com a nossa comunidade, através da sua publicação. O mesmo já foi premiado pelo Ministério da Cultura através do prémiuo Orlando Pantera.

mercredi 15 octobre 2008

nos linguas y nos idukason

Cabo Verde vive muitas reticências sobre o ensino tanto da como na língua Caboverdiana,
sob pena de se perder ainda mais o Português, a Língua Oficial, considerada de maior prestígio,
pese embora, actualmente, se reclame tanto a presença da Língua Materna na Educação.
Entretanto, Edgar Morin et all (2004), a propósito dos desafios da educação para a era
planetária, veicula algumas perspectivas sobre a pertinência de uma aprendizagem no erro e na
incerteza humanas, numa sociedade em rápidas mudanças.
Com efeito, este trabalho versa sobre a relação entre a Situação Linguística de Cabo Verde
e o sistema de Escolarização Básica, para todos. Mais do que debruçar sobre o Ensino da Língua,
especificamente, ou mesmo sobre a Educação Linguística, o que pretendemos, neste trabalho, é
abordar a(s) colocação (ões) /implicações da Língua na e da Educação, algo que se calhar,
abarcaria as situações anteriores.
Assim, partindo de um campo de esclarecimentos iniciais sobre a significação da
Educação, suas diversas acepções, passando pelos paradigmas sócio culturais actuais que
enformam as actuações educativas, este trabalho conflui, estruturalmente, para os termos de
referência da UNESCO sobre a Educação Básica Universal, confrontando o caso de Cabo Verde e
estudando os desafios do país nessa matéria, especialmente, quando se considera a situação
linguística vivenciada pelos alunos.
Questões actuais sobre a mundialização e os saberes pertinentes para a Educação no
Século XXI são, também, apresentados, relacionados com a mesma problemática linguística, uma
vez que trazem mais desafios aos sistemas educativos.
Equacionando os riscos para uma sociedade que possui uma Língua que utiliza no
quotidiano, mas que não assume, oficialmente como Língua de Ensino não sendo contemplada no
currículo formal, pese embora a sua utilização, um tanto ou quanto na clandestinidade, como
veículo de conhecimento no contexto escolar;
Analisando a opinião dos linguistas sobre o risco eminente de semilinguismo1 e a questão da
perda de identidade num mundo cada vez mais globalizado, focalizamos a nossa pesquisa no

entorno problemático da questão dos riscos que uma gestão descuidada da nossa situação
linguística (em que a Língua Oficial não é a materna e a materna não é a oficial) tem ou trará para
a educação relacionando a responsabilidade desta neste enredo.
Num momento em que o país se abre ao mundo, novas alternativas de desenvolvimentos são
estruturadas, nomeadamente o turismo que a abre as fronteiras do país a pessoas que vão trazer
novas formas de ser, de pensar e de comunicar. Quais os caminhos para a gestão do um sistema
educativo enquanto garante da sustentabilidade da nação? Que necessidades educativas? A ter que
haver reformas, devem incidir em que domínios, tendo em conta o tecido científico pedagógico,
económico e político, actuais e a situação sociolinguística e cultural do pais?
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1 O SEMILINGUISMO é o termo é utilizado por Hagége (1996, 239) para se referir a dupla incompetência linguística que
por vezes ocorre com pessoas que vivem em espaços onde se usam mais do que uma Língua. Segundo ele, o termo foi
proposto na origem por um linguista sueco (Hansegárd 1968), dizendo que o indivíduo em situação de semilinguismo não
conhece, de cada uma das duas línguas em causa, senão os aspectos que correspondem às suas necessidades, consoante as
entorno problemático da questão dos riscos que uma gestão descuidada da nossa situação
linguística (em que a Língua Oficial não é a materna e a materna não é a oficial) tem ou trará para
a educação relacionando a responsabilidade desta neste enredo.
Num momento em que o país se abre ao mundo, novas alternativas de desenvolvimentos são
estruturadas, nomeadamente o turismo que a abre as fronteiras do país a pessoas que vão trazer
novas formas de ser, de pensar e de comunicar. Quais os caminhos para a gestão do um sistema
educativo enquanto garante da sustentabilidade da nação? Que necessidades educativas? A ter que
haver reformas, devem incidir em que domínios, tendo em conta o tecido científico pedagógico,
económico e político, actuais e a situação sociolinguística e cultural do pais?